sábado, 24 de outubro de 2009

MOTOCICLETA NÃO É UM TRANSPORTE PERIGOSO E SIM O MOTOCICLISTA

Quanto a postagem sobre a posição contrária a regulamentação da profissão de mototaxistas, é bom que fique claro para o Engº Creso de Franco Peixoto (que escreveu a matéria) que perigoso não é o veículo e sim, quem o conduz.

Regularizar mototáxi é um grave erro

O transporte com motocicleta tem sido usado como política de solução às mazelas do transporte público, fato comum em países de menor riqueza. Acompanha a percepção urbana da crônica doença do congestionamento. Para jogar em abismo este problema, surge no meio legal a motocicleta como táxi, por força da lei 12/009. Seus defensores justificam que se regulariza o que já se pratica em larga escala. Há os que enxergam custo menor, mas não veem os efeitos dos acidentes com este veículo, o mais perigoso dentre os rodoviários. Há absoluta necessidade do aprofundamento do debate. Que se tornem transparentes os malefícios da regularização do mototáxi. Segundo a resolução Contran 80/98, que dispõe sobre exames de aptidão física e mental, aprova-se a permissão de guiar, mas se proíbe a atividade remunerada. No caso do mototáxi, o Estado não pode “repassar” o risco pessoal para terceiros, sob sua rubrica, não pode transformá-lo em paratransporte, como chancela de seguro em serviço em que sobram estatísticas contrárias. Esta permissão, para mototáxi, tem impacto mais forte na população de baixa renda. Ela precisa de transporte urbano, que ainda não se apresenta como solução ampla, mas não dispõe de recursos para táxi convencional sem gerar sensação de valor excessivo. Buscou-se, então, resposta na alternativa que evita o gasto do dinheiro público ou de empresários do setor. Defensores da lei justificam que já se tem este serviço estabelecido, mas deixam desprotegida a população de baixa renda, diminuem recursos para ônibus mais rápidos, confortáveis e seguros. Na Tailândia, aplicou-se panacéia aos problemas do transporte de massa com incentivos à aquisição e uso da motocicleta. Bancoc, a antiga Veneza do Oriente, é uma das cidades mais poluídas do mundo. Fumaça branca do escapamento de motocicletas dois tempos, porque se adiciona óleo no combustível, e preta, dos escapamentos de veículos a diesel, encobrem suas belezas arquitetônicas. Aprisionam viajantes urbanos e agentes de trânsito, que parecem internos de UTIs, em máscaras cirúrgicas, tornando ainda mais exótica a lembrança de seus perplexos turistas. Motocicletas são mais perigosas do que veículos fechados, não há estrutura de combate ao primeiro choque. Não têm equilíbrio estável porque apresentam duas rodas, não ficam em pé. Apresentam menor porte para serem vistas e imprudências são mais comuns quando conduzidas por jovens. É o veículo para transporte com emoção. O risco de vida do pedestre, ciclista ou motociclista, aqueles que não estão em veículos fechados, é da ordem de 30% sob choque a 40 km/h e de 92% a 60 km/h. Em veículo fechado e com cinto de segurança, o risco é praticamente nulo a 40 km/h e a 60 km/h, 40%, segundo o pesquisador Svenkon (1998). A taxa de mortalidade para motocicleta é 200 vezes maior do que em ônibus e 20 vezes maior do que em carro. Garupa, denominação do passageiro, viajando em moto de aluguel, não tem conhecimento do perfil do motociclista que o vai conduzir, distintamente a condutores amigos ou familiares. Contudo, ao oficializar este veículo como táxi, o Estado assume a posição de avalista da viagem que mais facilmente se estampa em manchetes do dia seguinte. Mototáxi, um grave erro. . Por: Engº Creso de Franco Peixoto, engenheiro civil, mestre em Transportes e professor do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário da FEI ( Fundação Educacional Inaciana)
fonte: Portal do Trânsito

O condutor precisa ser alertado sobre a existência de radar móvel nas vias urbanas e nas estradas?

O condutor precisa ser alertado sobre a existência de radar móvel nas vias urbanas e nas estradas? A exigência de que agentes públicos fiquem à vista dos condutores ao fiscalizar o trânsito, proposta por um vereador de Porto Alegre, coloca em discussão um tema que divide especialistas: a melhor maneira de controlar motoristas nas estradas. Cartas Não. Se já existe sinalização indicando a velocidade, quem a ultrapassa está ciente de que comete uma infração. Angelica Cortez Silveira Aposentada – Porto Alegre Não concordo que o motorista deva ser alertado. Temos que ter, sim, consciência dos limites de velocidade, tanto nas estradas quanto na cidade. Miriam de Fátima de Menezes Estudante – Porto Alegre Ao respeitar as leis de trânsito, ele nunca será multado, portanto, sob hipótese alguma deveria ser alertado. Francisco Biaggio Estudante – Porto Alegre O condutor não precisa ser alertado. A lei foi criada para ser cumprida. Portanto, qualquer desobediência deve ser assumida pelo infrator. Luiz Cesar Mendonça Lisboa Aposentado – Porto Alegre Sou contra o aviso. O motorista deve saber dos limites de velocidade a que está sujeito. Juan Carlos Soto Faundez Cabeleireiro – Uruguaiana É claro que não. Há placas indicando a velocidade. Se esta for ultrapassada e o motorista for flagrado, deve ser multado. Avisar é proteger o infrator. Juarez Rogerio Wust Comerciário – Rolante O condutor de veículo não precisa ser alertado sobre a sinalização de radar móvel, pois é mais do que justo que tenha que cumprir os limites de velocidade ou, se não cumprir, que o valor da multa seja pago conscientemente. Roberta Irigaray Brasil Estudante – Porto Alegre Sim, motoristas devem ser avisados, principalmente nas estradas estaduais. A velocidade máxima para certos trechos é ridícula, estipulada somente para multar. Arani Ehlert Glöckner Comerciante – Pelotas O condutor consciente não precisa que lhe digam nada, porque ele conhece o Código de Trânsito, reconhece as placas e, antes de mais nada, sabe o valor da vida. José Assis Gorski da Silva Policial militar – São Luiz Gonzaga Não acho que adiante muito em termos de educação no trânsito. O condutor só vai reduzir a velocidade porque foi avisado sobre o radar, logo em seguida voltará à velocidade habitual. Julieta Oliveira Rodrigues Comerciante – Aceguá Acho que não deveriam ser alertados. O motorista tem de ter responsabilidade na direção independentemente de haver ou não radares. Alda Pegoraro Roeder Dona de casa – Nova Prata A rigor, não precisaria de qualquer tipo de aviso, pois todos saberiam respeitar os limites de velocidade estabelecidos para cada via. Contudo, ainda falta muita educação, hábito e conscientização das pessoas. Assim, acho conveniente alertar. Lídice Maria Oliveira Souza Jornalista – Porto Alegre Não, até por que leis foram criadas para serem cumpridas. Se todos os condutores obedecessem às normas, nem seriam necessários radares. Virgílio Melhado Passoni Aposentado – Osasco (SP) Os motoristas não devem ser avisados. Sem aviso, todos serão obrigados a respeitar a lei o tempo todo, não só no momento em que há placas indicando a presença de fiscalização eletrônica. Isto diminuiria os acidentes. Marina de Bruchard Designer – Porto Alegre Não, porque ele tem obrigação de saber o que é indispensável para a sua segurança e a do trânsito. Cláudio Fortes Carpes Aposentado – Quintão O condutor pode ser alertado, mas não necessariamente. Sua obrigação, além de ser bom motorista, é ser responsável. Djalma Beyer Advogado – Porto Alegre
fonte: Zero Hora